sexta-feira, 11 de abril de 2008

1992/93 - Gil Vicente 1 - Benfica 1



Não é injusto dizer que o Gil Vicente foi uma das equipas que marcou os anos 90 no futebol luso. As reduzidas dimensões do seu campo, que complicavam muito a vida aos adversários, e alguns nomes que se consagraram no desporto-rei nacional ajudam a conferir esse selo de qualidade e de saudade à equipa de Barcelos. Pegando apenas nas figuras da temporada 92/93, basta citar nomes como Cacioli (o Lombardo do campeonato nacional que já havia passeado classe por Famalicão e Braga e que acabaria a carreira já nos 40 anos nos distritais do Porto), Tuck (que dividiu milimetricamente a sua carreira entre o Gil Vicente e o Belenenses), Makopoloka Mangonga, e dois quebra-cabeças para as defesas contrárias, que protagonizavam na altura uma fugaz passagem por Barcelos: Marcelo e Ljubinko Drulovic.

Seria o próprio Drulovic, um reforço oriundo do FK Radnicki Jugopetrol Beograd, que se revelaria a mais perigosa seta gilista apontada à baliza do Benfica, clube que representaria 10 anos depois, mas sem o epíteto de seta, logicamente. Ao início do jogo, um golo marcado pelo sérvio fez as gentes de Barcelos vibrar de alegria. O Benfica só empataria o jogo na segunda parte, por Fernando Mendes, entrado ao intervalo, jogador que veria um golo anulado por suposto fora-de-jogo, uma decisão que o jornalista afiança ter sido correcta, apesar de não ter qualquer imagem que o possa assegurar.

Numa altura em que temos estádios topo de gama, não deixa de ter a sua piada ver a imagem do jogo perturbada por uns pequenos pilares na bancada, uma pequena imagem de marca do futebol luso que também se via noutros pontos do país.

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