quinta-feira, 30 de abril de 2009

1992/93 - Salgueiros 0 - Famalicão 2


Salgueiros e Famalicão acabaram a temporada 1992/93 praticamente empatados, mas o Famalicão ter-se-á certamente orgulhado de ter arrancado uma vitória em pleno Vidal Pinheiro e em plena urbe de Paranhos. A primeira parte matou o jogo: Rebelo e Mitharski sentenciaram o jogo e agudizaram a crise que então se vivia nas hostes salgueiristas. Destaque para Mitharski, búlgaro que passou duas épocas e meia em Portugal, tendo feito a época anterior no Porto, passando também por Maiorca e Wolfsburgo. No entanto, ficaria indefectivelmente ligado a um tal de PFC Pirin AD Blagoevgrad. Voltando a Paranhos, o melhor que conseguiram foi um golo anulado. O autor da proeza - Draskovic - acabaria o jogo mais cedo.

sábado, 25 de abril de 2009

1990/91 - Penafiel 2 - Sporting 5


Início da década de 90, no tempo em que a visita de qualquer um dos grandes era notícia pela terra e constituía uma das poucas oportunidades que os adeptos tinham de ver jogos da sua equipa, caso vivessem a centenas de quilómetros. Também por isso, estádios de clubes mais pequenos estavam sempre cheios como sucedeu nesta visita do Sporting a Penafiel. Vitória gorda do Sporting, com dois golos de Fernando Gomes - que então cumpria o último ano como futebolista - , Venâncio e também de Litos e Oceano, cujos golos mais pareciam faca quente em manteiga e vale a pena elogiar o golo de Oceano (00'46''), a mostrar as vicissitudes da técnica da força sobre a propalada força da técnica. Os dois golos do Penafiel foram apontados por dois jogadores em início de carreira, que acabariam por prosseguir as suas carreiras pelo campeonato português: Jorge Costa e Ricardo Lopes.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

1993/94 - Benfica 1 - União da Madeira 0


Um jogo que parecia meio atado para os lados do Benfica é de repente resolvido por um golo de Rui Costa, um misto de colocação no remate e o que em português técnico se define como "uma paia descomunal", colocando colado ao chão um desaparado Zivanovic, traído pelos seus defesas, ainda que estes se chamassem Marco Aurélio, Dragan ou Germano. Como resultado, a forma benfiquista de estar na vida: um Rui Costa que quase chora ao marcar ao União da Madeira e um Toni que, nas palavras do repórter, agradece aos deuses pelo golo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Qualificação Euro 96 - Áustria 1 - Portugal 1


Na penúltima jornada da qualificação para o Euro 96, no mítico Estádio do Pratter, a selecção nacional de futebol poderia assegurar a tão esperada meta. Tal ficaria guardado para o jogo seguinte, ainda assim tempo para um momento de antítese de Paulinho Santos, o tal que era médio-centro mas que António Oliveira insistia em colocar a defesa-esquerdo (a conhecida falta de alternativas em Portugal para o lugar não é de agora) a protagonizar uma jogada plena de técnica individual, na chamada diagonal, de fazer inveja a outros portentos de técnica na selecção lusa. Um tiro colocado, após uma grande jogada individual. Paulinho Santos a fazer esquecer por momentos a fama de arruaceiro da nação.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

1996/97 - Belenenses 0 - Porto 2


Tendo feito 6 temporadas em solo português - afinal de contas, as que lhe deram mais visibilidade - Mário Jardel conseguiu trazer consigo uma espécie de jargão associado à sua forma de jogar: o golo à Jardel. O golo sobre o qual nunca ninguém conseguia chegar a um consenso: tanto apelidado como "pleno de oportunidade", como "síntese do que é a função do ponta-de-lança" ou até um nihilista "jogar à mama". Independentemente das teses futebolísticas por detrás dos seus golos, é um facto que teve o mérito de decidir jogos, aumentar os scores de golos marcados e de ser épocas a fio o melhor marcador em solo luso. Os dois tentos que deram a vitória sobre o Belenenses são uma boa síntese dos golos que marcou nos nossos relvados.

domingo, 5 de abril de 2009

1992/93 - Vitória de Guimarães 1 - Sporting de Braga 0


Carlos Daniel lança imediatamente o mote: o jogo não mereceu o epíteto de dérbi, face à qualidade de jogo revelada. De um jogo deste calibre espera-se sempre muito, obviamente. A vitória dos anfitriões foi construída por duas figuras hoje bem presentes no universo leonino: Paulo Bento assistiu Pedro Barbosa, mal imaginando um e outro que estariam mais tarde juntos noutro clube, primeiro enquanto jogadores, depois ao nível de responsabilidades técnicas. E o actual director desportivo leonino considerado pelo sempre eficiente Carlos Daniel como o melhor em campo.