quinta-feira, 31 de julho de 2008

1992/93 - Sporting de Braga 1 - Beira-Mar 2


Um parêntesis inicial - passe o paradoxo - para referir que muitas foram as equipas que, ao longo da década de 90, pareciam abdicar de atacar e jogar em contra-ataque, um fenómeno mais visível nos jogos conta os grandes, mas que ia fazendo escola nos relvados nacionais um pouco por todo o país, veja-se o Beira-Mar com uma defesa de betão (ou não tivesse lá Dinis) e Dino no ataque, verdadeiro ex-libris do catenaccio luso e tábua de salvação das tácticas do ferrolho, que faria mossa anos mais tarde aos adversários do Desportivo de Chaves.

Foi precisamente o que sucedeu neste Sporting de Braga - Beira-Mar. A equipa da casa foi quem fez pela vida durante a primeira parte, mas Krstic acabou por marcar o golo dos aveirenses na única oportunidade que tiveram até então. 0-1 ao intervalo. Na segunda parte, a entrada da então jovem promessa Toni deu frutos, já que seria o próprio a marcar o golo do empate. Entretanto, seguem-se cinco minutos de grande intensidade futebolística, com o Braga a desperdiçar uma boa oportunidade, com Dino a falhar um golo de baliza aberta - situação que provocou comoção tal em Vítor Urbano, enviando o treinador do estádio directamente para o hospital, por coincidência num jogo contra uma equipa treinada por Vítor Manuel, esse sim durante muito tempo um potencial utente das urgências de Cardiologia durante os jogos de futebol, dado seu carácter efusivo -, o que acabaria por acontecer pouco depois com um auto-golo de Jorge Ferreira. Perante a eficácia da defesa do Beira-Mar, de nada serviram as intenções do Braga. Ganhariam os visitantes por 2-1.

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